A lucidez aos poucos foi se apagando dela, murchando aquela flor de pétalas tão delicadas, arrancada pela fúria do vento. Lançada ao longe, sem destino e sem proteção, largada no chão.. Estava ferida. Tirada tão cedo das alegrias da vida, sem chance de saudar a primavera que chegava, abandonou-se ao último suspiro... E a vida continou a ser como era, dias ditosos e ensolarados, pássaros cantando fora e dentro das gaiolas. As borboletas voavam lépidas e faceiras, só a menina sentia falta dela...
"Certas palavras não podem ser ditas em qualquer lugar e hora qualquer. Estritamente reservadas para companheiros de confiança, devem ser sacralmente pronunciadas em tom muito especial lá onde a polícia dos adultos não adivinha nem alcança. Entretanto são palavras simples: definem partes do corpo, movimentos, atos do viver que só os grandes se permitem e a nós é defendido por sentença dos séculos. E tudo é proibido. Então, falamos" [Certas Palavras - Carlos Drummond de Andrade]
Lindo blog, amiga Madá. Vim conhecer um pouquinho do seu cantinho. Beijinhos Luciana do cantinho mágico.
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