Descanso do Trabalho - Van Gogh

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Primavera...



A lucidez aos poucos foi se apagando dela, murchando aquela flor de pétalas tão delicadas, arrancada pela fúria do vento. Lançada ao longe, sem destino e sem proteção, largada no chão.. Estava ferida. Tirada tão cedo das alegrias da vida, sem chance de saudar a primavera que chegava, abandonou-se ao último suspiro... E a vida continou a ser como era, dias ditosos e ensolarados, pássaros cantando fora e dentro das gaiolas. As borboletas voavam lépidas e faceiras, só a menina sentia falta dela...



Dia especial...




Fez de conta que não tinha nenhuma saudade guardada, lembranças acumuladas nas gavetas fechadas... Não queria ser incomodada, 'sentia' que o dia seria repleto de claridade , o canto dos pássaros não eram tão espaçados... Lembrou que nada tinha sonhado e ficou intrigada, o que teria acontecido? Talvez fosse necessário se preparar melhor para dormir. Resolveu deixar isso de lado...Estava ansiosa demais para abrir a janela e deixar o primeiro raio de sol da primavera entrar...









escrevo o que penso
descrevo sentimento
faço um verso...



[madá.]



Dela...



Sonho, fantasia,
Pintura em tela,
Aquarela...







[madá.]

Sonhando um 'tiquinho'...



ó, meu amor, queria
ganhar beijinho, ficar
contigo...


[madá.]


Depoimento...


a vida, admito, gosto dela,
os dias nunca são iguais,
por causa dela...

[madá.]

A menina que contava estrelas...


contava e recontava,
errava; poucos dedos,
muita estrela...






[madá.]

Augúrio...


boas tardes venturosas,
e, com elas, a primavera:
fique à espera...


[Madá.]



Estouvamento...




algumas vezes, era,
outras, não: cama,
mesa e paixão...





[madá.]

A menina e o trem...


sempre que apitava,
a menina 'viajava', ia
embora com o trem...





[madá.]


Timidez...



o sol ficou à espreita e entre
as nuvens se escondeu, o
poeta, falava de amor...





[madá.]

Chuva...



fecha-se o céu em copas,
sisudo, cinza, em nuvens;
sem brilho, calor de paixão.




[madá.]

Querer...





tuas palavras,
mais
que um poema:
bom, ouvir...




[madá.]

Do nada...




Fechava os olhos e

'sentia' o calor dele:

amava...



[mada.]


não era real...




o abraço apertado,
o beijo trocado;
só virtual.

[madá.]

Comemoração...


Bolo de aniversário
Maria Madalena Ferreira dos Santos

Soprou bem forte para apagar as velinhas acesas em cima do bolo. Sorriu... Todo ano a mesma coisa, sempre uma velinha a mais... Fazer o quê! Não tinha como tirar a 'pilha' do tempo para que ele parasse de rodar, ficasse no mesmo lugar; bem que desejava isso, o espelho andava reclamando de umas ruguinhas aqui e acolá. Ah... Hoje era dia de festa, pra que ficar se preocupando com isso... O bolo era de chocolate! E por nada desse mundo abria mão desse privilégio, mesmo que tivesse mil velinhas pra soprar...




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